quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Bibliotecário: atuação em diversos lugares

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Humor na biblioteca

https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEipuSsnioKoRIrAXncwKB5OoqYgSvJn3Dyl-tfD59a74BypXSfaZU60TJ6Dc69zHWGpdfch35AsRhSfNiuaofWwztBFKTH_jurFnu8JWb9SU4C3mFYFb7Eyh01OAyJqUsB_NWkqkHhvuib8/s1600/BD1.gif

Sociedade da Informação e do conhecimento e a biblioteca universitária como mediadora da comunicação e do saber


O ingresso da humanidade na Era da Informação é um fato, mas ainda apenas para uma pequena parcela da população. As novas tecnologias, em particular a Internet, vieram para ficar e já começaram a alterar o comportamento da sociedade - como um dia fizeram o telefone, o rádio e a TV. Há 100 anos, ninguém imaginava que o desenvolvimento tecnológico nos daria a alcunha de Sociedade da Informação. Agora temos uma infinidade de soluções digitais cada dia mais surpreendentes e avançadas. Entretanto, devemos estar atentos para não nos iludirmos confundindo progresso com pirotecnia. Se esse conhecimento acumulado não for compartilhado pela sociedade como um todo, corremos o risco de ratificarmos o abismo que separa os ricos e os pobres.
O novo paradigma tecnológico trouxe novas exigências quanto aos atributos dos trabalhadores e requer maior preparo e educação permanentes para o desempenho das funções que estão em constantes mudança. Este novo paradigma, seurgido a partir do emprego de novas técnicas organizacionais e da automação, é uma característica dos dias atuais. Sem dúvida, este novo modelo está associado à aceleração da evolução e mudança dos métodos de trabalh, pressionados pela necessidade de novos produtos e de se imprimir qualidade até mesmo como requesito de sobrevivência.
Já se tornou comum afirmarque as novas tecnologias de informação e comunicação estão transformando a forma como as universidades desempenham sua missão de ensino, pesquisa e extensão. O conceito informação ocupa lugar central na compreensão nesse processo: universidades de todo o mundo estão reavaliando suas formas de reunir, processar e disseminar informações para o ensino, pesquisa e para a sua própria administração. Informação sempre teve papel crucial nas universidades, mas agora parece ter assumido importância ainda maior que no passado. Informação já foi chamada de "sangue que dá vida às universidades", recurso igual ao trabalho, que deveria ser considerada como parte de própria infra-estrutura da universidade.
O potencial dos cursos à distância mediados por computadores vêm sendo percebido por indivíduos, governos e instituições no mundo inteiro como forma eficaz de atingir metas antes fora de alcance: para indivíduos oferece possibilidades de adquirirem educação e treinamento em lugares ou situações em que isso não seria possível com op ensino tradicional; para as instituições e governos, oferece a possibilidade de expandir o seu raio de ação de maneira impensável para a educação tradicional.
Assim, o mundo da tecnologia também se configura como uma forma de inclusão social. A aprendizagem da informática e o acesso às novas linguagens de comunicação e informação não só possibilitam oportunidades econômicas, de geração de renda, como também representam um importante capital social. A informática também representa uma atração irresistível para os jovens que vivem em comunidades pobres. Aliada ao aprendizado de noções de direitos humanos e ecologia, então, criam-se maiores oportunidades para as crianças e adolescentes, beneficiando, simultaneamente, as suas famílias e comunidades.
A massa do conhecido, colocada em questão, permeia as práticas orais e as técnicas, mas é no manuscrito que se fixa desde a Antiguidade todo o saber acumulado. Com o impresso, o leitor além de ter diante de si uma memória coletiva enorme, ele é frequentemente exposto a textos novos. É a exteriorização progressiva da memória individual.
A biblioteca do futiutro deverá ser também, o lugar onde poderão ser mantidos o conhecimento e a compreensão da cultura escrita nas formas que foram e que ainda hoje são, majoritariamente, as suas. A representação eletrênica de todos os textos cuja existência não começa com a informática não deve, em absoluto, significar o abandono, o esquecimento, ou pior, a destruição de objetos que foram os seus suportes.
Mais do que nunca, talvez uma das tarefas essenciais das grandes bibliotecas é a de coletar, proteger e também tornar à ordem dos livrosque ainda é nossa, e que foi a de homens e mulheres que lêem desde os primeiros séculos da era cristã. Apenas preservando a inteligência e a cultura do códex poderemos gozar a "felicidade extravagante" prometida pelas tecnologias da informação e comunicação.

Johnathan Pereira Alves Diniz
Bacharel em Biblioteconomia pela Universidade Federal de Goiás (2007)

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Biblioteca semear

Projeto de Biblioteca Comunitária no Complexo Lagunar da Baixada de Jacarépaguá, região afetada pela poluição. Esse projeto é apoiado pela Coordenação de Cultura da UNIRIO que oferece bolsa aos estudantes que trabalham colaborando com a biblioteca.
Estimular a educação ambiental é um dos focos da biblioteca.
Sobre o espaço:
"O espaço utilizado é uma casa, cedida ao projeto, onde abriga o Zizylily Brechó Social e a Biblioteca Comunitária Semear. O Zizylily Brechó Social foi montado através de doações de peças de roupas e acessórios por colaboradores, apoiadores e moradores da ilha; toda renda é destinada à manutenção da biblioteca, nos gastos básicos de infra-estrutura e materiais para as oficinas oferecidas. A fonte dos produtos comercializados é exclusivamente de doações por colaboradores e moradores das ilhas, onde incentivamos o consumo consciente e o reaproveitamento, orientando a diminuição da poluição e menor uso de matéria prima. Toda renda é destinada à manutenção do projeto em infra-estrutura e materiais das oficinas para crianças e adultos. É feito o reaproveitamento de retalhos da indústria têxtil na confecção de novas peças a serem comercializadas no brechó."



Objetivo do projeto:
"O objetivo é suprir a falta de iniciativas culturais e educacionais na comunidade, uma vez que a própria se encontra relativamente isolada; criar hábitos de leitura e estimular o consumo consciente através de práticas sustentáveis."

O tratamento técnico do acervo é feito por estudantes de Biblioteconomia. O software PHL é utilizado para cadastro dos livros, e para consulta dos usuários. Os livros são classificados através da CDD - Classificação Decimal de dewey.
Interessante destacar que os livros doados pelos moradores da comunidade são priorizados durante o tratamento técnico, para que os usuários ao visitarem a biblioteca reconheçam seus itens e se sintam valorizados.

Os moradores da Ilha da Gigóia participam intensamente da Biblioteca Semear, principalmente apoiando os eventos promovidos no local. O evento de inauguração, por exemplo, teve moradores ajudando na ornamentação, ajudando com comidas e aperitivos, e também a participação do músico Thales de Souza que é morador da região.
Participação do músico Thales de Souza no evento de inauguração da Biblioteca Semear

A Biblioteca Semear, e seus eventos, são divulgados através de redes sociais virtuais, panfletos e conversas com os moradores da comunidade.


Fonte: Trabalho Biblioteca Comunitária Semear
Cíntia Belém; Eddy Aguirre; Prof. DSc. Roberta Ziolli
Endereço:Rua Marina dos Coqueiros, casa 8
ILHA PRIMEIRA – Itanhangá. Rio de Janeiro, RJ
Facebook: http://www.facebook.com/profile.php?id=100002165048515

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Bibliotecários querem a presença do povo

Beto Silva
do Diário do Grande ABC

Organizar 50 mil documentos e colocá-los à disposição da sociedade para consulta. Essa é missão de José Carlos Alarça e Marcelo Ramos da Silva, responsáveis pela biblioteca da Câmara de São Bernardo. Da mesma forma que se empenham para ordenar os milhares de documentos, entre leis, decretos, resoluções, portarias e livros, pedem empenho da população em procurar mais os serviços por eles prestados.
A cobrança visa o desenvolvimento sociopolítico dos cidadãos. "O acesso à informação é parte da cidadania", ensina o bibliotecário Marcelo, 29 anos, há dois no Legislativo são-bernardense. "A história da cidade está em nossas mãos. Queremos compartilhar esse conteúdo", completa o assistente legislativo José Carlos, 57 anos, desde 1996 na Casa.
Cerca de 20 pessoas consultam os documentos mensalmente. Raramente comitivas de escolas ou de centros de terceira idade visitam o local. "Tinha de ser mais constante", vislumbra Marcelo.
As legislações mais procuradas são os códigos de postura - guarda-chuva de normas para colocação de caçambas, placas, ruídos, destinação de lixo, dentre outros temas - e o tributário. "São as leis 4.974/01, normatizada pelo decreto 13.500/01, e 1.802/69, respectivamente", aponta o bibliotecário, com os números dessas e de outras dezenas de leis na ponta da língua.
A Lei Orgânica Municipal é outra. "Consolidei informalmente a LOM. São 32 leis diferentes. Fica mais fácil para nossa consulta e dos visitantes", completa Marcelo, que junto com José Carlos também presta seus conhecimentos para assessores jurídicos da Câmara e funcionários dos 21 vereadores. "Também temos atuado para disponibilizar o material na internet. Aos poucos conseguiremos", diz o mais novo, otimista.
São Bernardo tem aproximadamente 6.200 leis. Somente nos nove meses de 2011, foram aprovadas 47 regras que regem a sociedade local. Entre os anos de 1947 e 1951, período de cinco anos pós-emancipação, foram criadas 140 leis. "Eram escritas manualmente, de próprio punho dos parlamentares", recorda José Carlos, com as primeiras normas em mãos. "O período mais dinâmico, de maior produção foi no biênio 1988 e 1989, quando as cidades tiveram de se adaptar à recém-implantada Constituição Federal", informa Marcelo.
O trabalho da dupla, de segunda a sexta-feira, das 9h às 17h, rende boa conversa na sala de 150 metros quadrados do 2º andar do anexo I do Legislativo - prédio dos gabinetes. Política não pode faltar no diálogo, claro. "Cada um tem sua ideologia, mas nos respeitamos", considera Marcelo, comedido. "Espero que, em âmbito federal, os impostos possam ser reduzidos", opina José Carlos, sem dar pistas de sua predileção partidária.
Futebol também entra na pauta dos responsáveis pela biblioteca legislativa. E, curiosamente, o bate-papo tem sido acirrado nas últimas semanas. Carioca de São João do Meriti, Marcelo torce para o Vasco, líder do Campeonato Brasileiro. Paulista da vizinha São Caetano, José Carlos é torcedor do Corinthians, segundo colocado.
Mas a torcida dos dois é mesmo para que as toneladas de papéis que limpam, estudam e organizam diariamente contribuam para uma sociedade cada vez melhor.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

12 de outubro: dia internacional da leitura

nstituto Ecofuturo investe em parcerias, novo site e redes sociais para informar e atrair participação para o Dia Nacional da Leitura
Fonte: Inteligemcia. Data: 3/10/2011.
URL: http://www.inteligemcia.com.br/49265/2011/10/03/instituto-ecofuturo-investe-em-parcerias-novo-site-e-redes-sociais-para-informar-e-atrair-participacao-para-o-dia-nacional-da-leitura/

Celebrado desde 2009, o Dia Nacional da Leitura, em 12 de outubro, nasceu para apoiar a construção de rede nacional de promoção de leitura de literatura desde a primeira infância; Campanha de mobilização nacional acaba de receber apoio do Ministério da Cultura e do clube de futebol Corinthians.

TODO DIA É DIA DE LER e BIBLIOTECA TODO DIA são os motes da campanha e a base da construção do site lançado hoje (3), pelo Instituto Ecofuturo para a mobilização para o Dia Nacional da Leitura, em 12 de outubro, a fim de compartilhar informações fundamentais para uma ampla participação da sociedade em prol da discussão de uma política pública de leitura e de bibliotecas.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Blogs de biblioteconomia

fonte: http://portaldobibliotecario.wordpress.com/page/3/
  • Abrindo Espaço [URL: http://katyushasouza.blogspot.com/] Editado por Katyusha Souza; cobre a “gestão do conhecimento, da Informação, usabilidade, Arquitetura de Informação, Ciência da informação, Biblioteconomia, mídia”.
  • Balcão de Biblioteca [URL: http://balcaodebiblioteca.blogspot.com/] Editado pela bibliotecária portuguesa Claudia Lopes; inclui “notícias, histórias, reflexões, novidades e curiosidades, na área das Ciências Documentais, mais especificamente das bibliotecas”.
  • Bibliofilmes [URL: http://bibliofilmes.blogspot.com/] Editado por um grupo de portugueses que aborda filmes e livros; é uma “iniciativa para a Comunidade da Língua Portuguesa usando um novo conceito de promoção do livro, da biblioteca e da leitura através das novas tecnologias e do cinema”.
  • BiblioFotoTeca [URL: http://bibliofototeca.blogspot.com/] Inclui “fotografias sobre mundo dos livros e das bibliotecas”.
  • Biblioteca de Jacinto [URL: http://abibliotecadejacinto.blogspot.com/] Editado por Maria Clara Assunção, aborda noticias da área e da literatura. Nota: inclui um aviso de que não aplicará no blog o novo Acordo Ortográfico!
  • Bibliotecário Anarquista [URL: http://bibliotecarioanarquista.blogspot.com/] Editado pelo bibliotecário português Adalberto Barreto Lisboa, aborda as bibliotecas públicas, história em quadrinhos, direitos do autor e acesso à informação.
  • Bibliotecas em Portugal [URL: http://bibliotecas-.blogspot.com/] Editado por Fernando Vilarinho e José Pedro Silva; inclui notícias sobre a área de Biblioteconomia e bibliotecas públicas.
  • Bibliotecários sem fronteiras/design e inovação [URL: http://bsf.org.br/] Editado pelos bibliotecários brasileiros Tiago Murakami, Moreno Barros, Viviane Silva, Diego Abadan e pela colega portuguesa Maria Clara Assunção. Blog de grande audiência e inclui muitos comentários dos seus leitores.
  • Bibliotecas portuguesas [URL: http://bibliotecasportuguesas.blogspot.com/] Editado por José Pedro Silva, é um espaço “de notícias, novidades, troca de idéias, partilhas, experiências, e reflectir sobre o futuro das bibliotecas”.
  • Biblioteconomia [URL: http://blogbiblioteconomia.blogspot.com/] Editado em Portugal, inclui notícias gerais sobre a área.
  • Biblio Portal [URL: http://www.biblioportal.blogger.com.br/] Editado desde março de 2004, pelo bibliotecário paraense Alexandre Siqueira; inclui notícias gerais sobre a área.
  • Bibliotequices [URL: http://bibliotequices.blogspot.com/] Inclui notícias sobre bibliotecas, ciências documentais e informação; com ênfase em filmes e vídeos.
  • Bibliovagas [URL: http://www.bibliovagas.blogspot.com/] Editado por Fernanda Gilhon, Nelson Oliveira da Silva e Marcos Girardi; noticia opiniões sobre o profissional da informação e noticiário sobre o mercado de trabalho.
  • Bibvirtual [URL: http://bibvirtual.blogs.sapo.pt/] Editado por António Regedor, inclui notícias sobre bibliotecas e bibliotecários portugueses; com ênfase na biblioteca escolar.
  • Bitbiblio [URL: http://bitbiblio.blogspot.com/] Editado pelo professor David Vernon; com ênfase nos aspectos de tecnologia e informação voltada para a ciência da informação
  • Blog do Kuramoto [URL: http://kuramoto.wordpress.com/] Editado por Hélio Kuramoto, aborda o movimento dos arquivos abertos e as fontes de informação de acesso livre.
  • Cibertecário 0.2 [URL: http://cibertecario02.blogspot.com/] Editado pelo bibliotecário português Eloy Rodrigues, aborda “o acesso livre à literatura científica (Open Access), os repositórios institucionais, as bibliotecas universitárias e as digitais”.
  • Edson Nery da Fonseca [URL: http://edsonnerydafonseca.blogspot.com/] Editado por alunos de Biblioteconomia da Universidade Federal de São Carlos; inclui noticiário sobre a obra do grande bibliotecário brasileiro Edson Nery da Fonseca.
  • Educação Bibliotecária [URL: http://francisco-chagas-souza.blogspot.com/] Editado pelo professor Francisco Chagas Souza, da Universidade Federal de Santa Catarina; aborda a informação e sociedade, a biblioteca e educação, ética e estudos de usuários.
  • Entre Estantes [URL: http://entreestantes.blogspot.com/] Editado por Bruno Duarte Eiras, com notícias e comentários enfatizando a leitura.
  • Gestão da Informação [URL: http://www.gestaoinformacao.blogspot.com/] Editado por Sofia Neto, aborda a gestão da informação em seus variados aspectos.
  • Infofagia [URL: http://infofagia.wordpress.com/] Editado por Tudor Mendez; inclui notícias sobre variados assuntos da área.
  • Infohome [URL: http://www.ofaj.com.br/] É quase um portal, dirigido pelo professor Oswaldo Francisco de Almeida Junior; inclui colunas produzidas por especialistas, imagens, curiosidades, mercado de trabalho e noticiário sobre as mais diversas áreas da Biblioteconomia.
  • Informação [URL: http://a-informacao.blogspot.com/] Editado, desde junho de 2005, por três profissionais brasileiros (André Ricardo Luz, Michelangelo Viana, Murilo Bastos da Cunha) e três portugueses (Eloy Rodrigues, Nuno de Matos, Paulo Sousa); cobre aspectos variados.
  • Informação para a Internet sobre as bibliotecas 2.0 [URL: http://informacaoeinternet.blogspot.com/] Editado pelos bibliotecários portugueses Sérgio Bernardo e Filipa Marinho Caldeira; com ênfase nos aspectos da biblioteca no ciberespaço.
  • Librarian [URL: http://andremonteirovieira.blogspot.com/] Editado pelo bibliotecário português André Monteiro Vieira; inclui notícias diversas relacionadas com a área.
  • Na Biblioteca, ao Sul [URL: http://a-bibliotecasul.blogspot.com/] Editado pela bibliotecária portuguesa Emilia Lucia Pacheco; inclui notícias sobre as bibliotecas localizadas no Sul de Portugal.
  • Librarianship [URL: http://biblio20.wordpress.com/] Editado pelos estudantes de Biblioteconomia da Universidade Federal de Minas Gerais, Anderson Batista e Joana Angélica; inclui notícias gerais da área.
  • Papalugui [URL: http://opapalagui.blogspot.com/] Editado pelo português Nuno Marçal; com fotografias e comentários sobre as viagens do carro-biblioteca na região de Proença-A Nova.
  • Rato de Biblioteca [URL: http://ratodebiblioteca.blogspot.com/] Editado pelo bibliotecário português Pedro Príncipe, aborda as inúmeras facetas da biblioteconomia, com ênfase na tecnologia.
  • Sphere [URL: http://sphere-project.blogspot.com/] Editado por seis portugueses; aborda os aspectos da tecnologia digital nos processos de acesso e difusão da informação científica.
  • Usabilidade & Arquitetura da Informação [URL: http://www.blogdeusabilidade.blogspot.com/] Editado por Alex Castro e Isabel Lofgren, aborda o design de interação e a experiência do usuário.
  • Viva Biblioteca Viva [URL: http://vivabibliotecaviva.blogspot.com/] Editado pela bibliotecária portuguesa Luisa Alvim, com ênfase na tecnologia da informação.
  • Web 2.0 PT [URL: http://web20pt.wordpress.com/] Editado pelo português Lino Oliveira; cobre as tecnologias, aplicações e ferramentas da web social e semântica.
  • Web Librarian [URL: http://wl.blog.br/] Editado pelo bibliotecário Alexandre Berbe; cobre a Biblioteconomia, Cibercultura e Arquitetura de Informação.

terça-feira, 4 de outubro de 2011

A ciência da informação perde um de seus ícones

JC e-mail 4355, de 30 de Setembro de 2011.

A Ciência da Informação perde um de seus ícones Faleceu, aos 84 anos,
na tarde de quarta-feira (28), Jaime Robredo,
renomado pesquisador e professor da Universidade de Brasília,
referência obrigatória em estudos em Ciência da Informação (CI).
Químico espanhol, Robredo exerceu atividades de documentação e
informação em Paris. Ao vir para o Brasil, em 1974, deu continuidade a
sua vida profissional e acadêmica na área da Ciência da Informação, à
qual se dedicou plenamente até os seus últimos dias. Foi um dos
pioneiros desse campo em nosso país, tendo formado muitos discípulos
na sua fecunda trajetória como mestre.
O pesquisador deixa uma obra densa, caracterizada pela profundidade e
detalhamento de que são capazes somente os verdadeiros mestres. A sua
capacidade de reunir, expor e transmitir a seus colegas e alunos o seu
cabedal solidamente construído e fundamentado assegura a
transcendência de seus conhecimentos para além do nosso tempo, base
para novos avanços, renovação e inovações. Trata-se, portanto, de um
imortal. Jaime Robredo, sempre muito presente no Instituto Brasileiro de
Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict), deixa entre nós uma grande
lacuna intelectual e, principalmente, uma grande saudade do seu jeito
alegre, prestativo e gentil de ser com todos nós. (Ascom do Ibict)

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

olhe nos olhos das bibliotecárias

Fonte: O Estado de S. Paulo. Data: 17/06/2011.
Autor: Ignácio de Loyola Brandão.
Apanhei o minissanduíche triangular de pão branco, macio, recheado com duas fatias, uma de queijo prato, outra de presunto, coloquei na boca. Desapareceram as centenas de bibliotecárias, emudeceu o som, sumiram os garçons que ocupavam o hall do Masp, apagou-se o coquetel e me vi no trem da Companhia Paulista com minha mãe desamarrando as pontas do guardanapo levemente úmido e tirando o lanche que tanto esperávamos, meu irmão Luis e eu. Farnel feito com capricho. Cada sanduíche envolto em papel impermeável que conservava o frescor do pão. Não existia papel de alumínio, o mundo era rudimentar e a indústria brasileira, incipiente. Um dia alguém há de escrever sobre como evoluímos nas pequenas coisas que nos trouxeram conforto. Na noite anterior, meu pai tinha chegado com o queijo, o presunto e o pão encomendado havia uma semana na padaria do Lima. Não existia pão de forma industrializado nem supermercados, encomendava-se nas padarias. Minha mãe limpava a mesa, colocava a toalha e preparava os sanduíches, pronta a segurar a mim e ao Luis, já que queríamos filar sorrateiramente uma fatia de presunto ou queijo. Era tudo contado. Gente remediada comia presunto somente em viagem ou quando adoecia.
Aqueles momentos voltaram durante o coquetel servido no Masp, após a homenagem do Conselho Regional de Biblioteconomia a algumas pessoas que contribuíram para este mundo essencial na cultura de qualquer país, as bibliotecas. Apanhei o meu prêmio que leva o nome de Laura Russo, a mulher que conseguiu a regulamentação da profissão em 1962 e foi diretora da Mário de Andrade, biblioteca ícone em São Paulo. Na hora de agradecer, cada um tinha dois minutos, igual ao Oscar, mas, igual ao Oscar, cada um falou quanto quis, uns menos, outros mais. Lembrei as minhas bibliotecas. A primeira, a do meu pai, sempre por mim celebrada, enorme para a época, tratando-se de um ferroviário. Nela, líamos juntos, ele e eu. A segunda, a da escola de Lourdes Prada, em Araraquara, onde fui apresentado à clássica Coleção de Contos de Fadas do Mundo, da Editora Vecchi, abrindo meu mundo.
Uma vizinha, Odete Malkomes, possuía O Tesouro da Juventude completo, mantido em uma estante fechada. Odete agia como uma espécie de bibliotecária, emprestava um volume por vez, verificava as condições do retorno, se o livro estava limpo, sem manchas, sem páginas arrancadas. Uma parente, Maria do Carmo Mendonça, tinha toda a Coleção Infantil Melhoramentos (adoraria rever aquele conjunto deslumbrante de cem livros), cujo número 1 foi O Patinho Feio. Maria do Carmo também era meio bibliotecária, emprestava, marcava o que emprestava, vigiava, pedia de volta numa data estipulada, sob pena de nunca mais emprestar, ameaça que me fazia tremer. Com ela aprendi a ler no prazo.
Não me esqueci de Marcelo Manaia, que regeu a Mário de Andrade de Araraquara (lá também tem uma) por anos. Quando ele chegou, havia uma norma moralista que determinava: os livros "fortes" deviam ficar trancados, emprestados somente a maiores de idade. Entre os "fortes" estavam Jorge Amado e Pittigrilli. Pois Marcelo, filho de um italiano consertador de sanfonas, simples, intuitivo, espírito aberto, assumiu e liberou geral, entregava Jorge Amado às moçoilas e até indicava as páginas em que havia cenas picantes. Gerações inteiras leram todos os livros legíveis que ali existiam. Livros ilegíveis? Sim! Quem ia ler a coleção da Revista dos Tribunais, imensa, em "jurídiquês" hermético?
Bibliotecas têm um cheiro especial, atmosfera própria, uma luz particular. Quanto às bibliotecárias, identifico-as pelo olhar. Olhem nos olhos delas, logo verão se gostam do que fazem. Elas têm viço, como se dizia. Levam uma chama nos olhos quando estão entre livros. Circulam pelos corredores entre estantes de modo desenvolto, em passos leves de dança. Por menor que seja a biblioteca pública, elas têm orgulho do que fazem, conhecem o papel que desempenham. Pena que ganhem tão pouco, lutem tanto para manter a dignidade e o sustento. Maria Cristina Barbosa de Almeida, agora à frente da Mário de Andrade de São Paulo - restaurada, refeita, revitalizada -, disse bem sobre a penúria das funcionárias, das gratificações que chegam atrasadas e em parcelas. Ela sintetizou a vida de bibliotecárias, que trabalham por amor aos livros, às literaturas e por nós, autores. Diante de uma bibliotecária devíamos nos curvar em reverência.
Biblioteca, ah, bibliotecas. Encerrei semana passada em Itapeva um circuito de seis cidades, nas quais falei sobre as bibliotecas públicas. Passei por Itanhaém, Eldorado, Ilha Comprida, Cananeia, Apiaí, Itapeva. Plateias maiores e menores, no meio de livros, envolvidos pelo cheiro de papel velho e papel novo, nos reuníamos em conversas informais, mostrando que literatura é prazer, não uma coisa inacessível, como querem os acadêmicos. A Viagem Literária que fiz pela terceira vez é o programa que leva escritores para 70 cidades paulistas, num total de 350 eventos, com muitas falas, perguntas, fotos em celulares, cafezinhos, sucos, bolos, biscoitos e broas de milho feitas muitas vezes pelas próprias bibliotecárias. Ao voltar, a caminho de São Paulo, vim me lembrando de uma viagem, no tempo em que a TIM levava autores pelo interior de vários Estados. Programa que acabou, uma pena. Certa vez, em Monte Carmelo, Minas Gerais, ao visitar a biblioteca na hora do almoço, encontrei-a sob os cuidados de uma faxineira, que nada sabia da localização dos livros, de autores ou de quantos volumes havia. Fiquei desanimado, pô, uma faxineira? Que descaso! Arrependi-me de meu preconceito ao conversar com ela:
- E a senhora gosta da biblioteca?
- Adoro esta hora. Todo mundo sai para comer, fico sozinha, quietinha, não preciso lavar banheiros e salas. Apanho um livro, outro, acostumei a ler. É gostoso, saio voando, esqueço o mundo. Que nunca percebam que leio os livros, se não me tiram daqui.
Não, não tirariam, o mundo não é ruim assim.

Filme: O Bibliotecário

SINOPSE
Para se ser um bibliotecário, tem de se conhecer profundamente o Sistema Decimal Dewey, ser especialista em Internet e, se formos o novo bibliotecário Flynn Carsen (Noah Wyle), ter de salvar o mundo!

Wyle (E.R.) lidera um excelente elenco numa divertida e fantástica aventura recheada de acção e efeitos especiais passada à volta do mundo partindo da biblioteca Metropolitan até à selva Amazónica passando pelos Himalaias. Carsen, um estudante brilhante, consegue um emprego como bibliotecário, mas que, no entanto, se revela ser afinal um emprego muito especial: ser o guardião de maravilhosos tesouros como, entre outros, a espada Excalibur e a Caixa de Pandora, guardados numa zona secreta do edifício. É então que a Irmandade da Serpente, uma seita que busca o domínio do mundo, rouba da biblioteca uma das três partes da mágica Lança do Destino. Apenas Flynn, ajudado por uma bonita guarda-costas, tem os conhecimentos para travar aquele plano maquiavélico. Mas terá ele fibra de herói? Vai ter de a encontrar, pois terá de ultrapassar armadilhas mortais ou precipícios gelados em cada passo do seu caminho.
Fonte: Coisa de Bibliotecário
link de acesso a matéria: http://www.coisadebibliotecario.com.br/2010/09/filme-o-bibliotecario.html