Este Blog tem por finalidade proporcionar informações sobre o mundo da Biblioteconomia e demais temas relacionados a informação, sob um contexto dinâmico e democrático
quarta-feira, 8 de junho de 2011
POR QUE PRESERVAR OS LIVROS?
II FORUM INTERNACIONAL DE BIBLIOTECONOMIA ESCOLAR
terça-feira, 7 de junho de 2011
DE QUEM É O PODER?
“Não se trata do que você sabe, e não se trata nem mesmo de quem você conhece. Trata-se do volume de conhecimento que você transmite. O acúmulo de conhecimento diminui seu poder”. David Weinberge
Acredito que não existiria frase melhor para começar as atividades por aqui. Durante toda a busca por conteúdo pra meu TCC, me deparava constantemente com a tal importância de o usuário ter o poder de criar, alterar e até apagar o que bem entendesse. A “força é das pessoas” como alguns autores dizem por ai. E é quando pergunto, quem gostava daquele tempo em que a única utilidade da internet era observar páginas estáticas, sem interação alguma? Pois bem, surge a nossa salvação, a tal Web 2.0, a era da construção do conhecimento coletivo.
Foi a partir do surgimento da Web 2.0 os usuários de internet se vêem diante de uma nova perspectiva, onde os próprios usuários geram e classificam a informação com participação direta. Hoje tantas ferramentas efetivam essa perspectivas, são as tão faladas Mídias Sociais (Orkut, Facebook, Twitter e tantas outras…).
O incrível é encontrar quem ainda ache que as informações contidas nesses ambientes não passam de meras e absurdas porções de nada. E ainda mais incrível é ver que pessoas que enxergam o potencial desses negócios estão ficando, como se pode dizer? Ah, ricas. Quem entende? Na verdade não queria falar dos fins lucrativos desses meios, foi só um comentário inoportuno. Minha intenção aqui é relatar a importância das Bibliotecas, Unidades de Informações e afins conseguirem entender que todo esse mundo também tem espaço para elas.
Divulgar serviços, produtos ou simplesmente manter seus usuário informados é de extrema importância. Lembro que lia algo na própria internet que dizia que Biblioteconomia era a arte de guardar livros, o bom é que o tempo passa, as coisas agregam valor e se tornam melhores. Ganhamos asas, os bibliotecários puderam se tornar Arquitetos da Informação, que legal né? Mais quem conhece mais um que pensa em ser tão dinâmico a ponto de ser considerado um Arquiteto da Informação? São várias batalhas. Em primeiro lugar, se luta para ganhar espaço. Ganhamos. Somos os profissionais da Informação. E em segundo lugar, somos “tão bons” que nem nos damos o trabalho de entender como tudo funciona. Isso realmente não existe. Mas enfim, cenas do próximo capítulo.
Ah, e para muitos que podem estar se questionando o porque da citação do topo, é simples, hoje é necessário gerar informação, não apenas absorver. Discutir é a melhor saída para construir um conceito, e o que é melhor, todo ambiente a nossa disposição é perfeito para escolhermos o que simplesmente nos interessa, não existe o certo ou o errado, existe o que nos interessa. Fica a dica.
BIBLIOTECONOMIA E ARQUITETURA DA INFORMAÇÃO: breves relações transdisciplinares
Problematizo tal questão objetivando pensarmos um pouco mais quanto às relações dessas disciplinas supracitadas. Antes de tudo, vale mostrar alguns importantes conceitos[1] que servem para contextualização da discussão e até como fundamentos teóricos. Afinal como afirma minha ex-professora Lourdes, “a teoria surge de algo pré-existente, não do nada…”
Transdisciplinaridade: é uma abordagem científica que visa à unidade do conhecimento. Desta forma, procura estimular uma nova compreensão da realidade articulando elementos que passam entre, além e através das disciplinas, numa busca de compreensão da complexidade.
Biblioteconomia: Ciência que estuda a organização, disseminação e uso da informação, seja ela em qualquer suporte, de modo a atender as necessidades dos usuários.
Arquitetura da Informação: Uma metadisciplina que objetiva a resolução de casos teóricos e práticos relacionados à organização e disseminação da informação em ambientes digitais, de modo que sempre vise às necessidades informacionais.
São áreas que se “unem em alguns aspectos teóricos e aplicáveis”, ou seja, encontramos algumas questões em ambas as áreas, visto que tratam a informação como seu objeto de estudo (no campo da biblioteconomia há quem discorde disso), elas objetivam atender às necessidades dos usuários… Isso é muito importante para os Arquitetos da Informação, por favor, EVITE AS IDIOSSINCRASIAS, organizem e disseminem pro outros (usuários) não pra vocês. A partir disso, acredita-se que ambas as áreas utilizam-se de teorias sobre aspectos cognitivos do sujeito, para objetivando obter informações sobre características e perfil dos usuários.
Conforme escritos de Reis (2007), Dillon e Turnbull, Rosenfeld e Morville (2009) a AI se utiliza de aspectos teóricos de classificação da Biblioteconomia. Em contraponto, compreende-se que a AI surge durante a revolução tecnológica e científica, sendo mais enfático na borbulha da tecnologia, já a Biblioteconomia muito antes…
De acordo com o pesquisador Jèsus Bustamente a fase de Pesquisa na metodologia de projetos de arquitetura de informação precisa buscar técnicas voltadas a conhecer o usuário e as necessidades, ou seja, precisa de técnicas que sigam os paradigmas da abordagem alternativa dos estudos de usuários e necessidades da Ciência da Informação [e da Biblioteconomia].
Façam seus comentários… Agradecemos.
Fontes:
BUSTAMANTE, J. A arquitetura de informação do século XX ao XXI. 2004. Disponível em:
DILLON, Andrew; TURNBULL, Don. Information architecture. Disponível em:
REIS, Guilhermo Almeida dos. Centrando a arquitetura de informação no usuário. 2007b. Dissertação (Mestrado em Ciência da Informação)–Escola de Comunicação e Artes, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2007. Disponível em:
ROSENFELD, L.; MORVILLE, P. Information Architecture for the Word Wide Web. 3. ed. Sebastopol, CA: O’Reilly, 2006. Disponível em:
WIKIPÉDIA. Complexidade. Disponível em:
WIKIPÉDIA. Transdisciplinaridade. Disponível em:
Sugestões de Leituras:
AGNER, Luis. Ergodesign e arquitetura de informação: trabalhando com o usuário. 2. ed. Rio de Janeiro: Quartet, 2009.
MARINHO, Rafael; TONINI, Regina S. S. Arquitetura de Informação: desafios do profissional bibliotecário num emergente mercado. In.: ENCONTRO NACIONAL DE ENSINO E PESQUISA EM INFORMAÇÃO – CINFORM, 9,. 2009, Bahia. Anais… Bahia: UFBA, 2009. Disponível em:
SILVA, Zayr C. G da. A arquitetura da informação de websites de bibliotecas universitárias: o caso da região nordeste. 2011. 95 f. Trabalho de Conclusão de Curso – Universidade Federal de Alagoas, Curso de Biblioteconomia, 2011.
segunda-feira, 6 de junho de 2011
RDA: um novo paradigma na catalogação
Murilo Bastos da Cunha