terça-feira, 7 de junho de 2011

BIBLIOTECONOMIA E ARQUITETURA DA INFORMAÇÃO: breves relações transdisciplinares

O objetivo desse post é problematizar de acordo com os comentários, portanto, não só leiam, comentem… Quero dizer, todos nossos posts neh (rsrsrs)… Afinal vivemos à biblioteconomia nas nuvens, e precisamos da colaboração de todos. Sendo assim formaremos um espaço de discussão sobre nossa área e áreas afins.

Problematizo tal questão objetivando pensarmos um pouco mais quanto às relações dessas disciplinas supracitadas. Antes de tudo, vale mostrar alguns importantes conceitos[1] que servem para contextualização da discussão e até como fundamentos teóricos. Afinal como afirma minha ex-professora Lourdes, “a teoria surge de algo pré-existente, não do nada…”

Transdisciplinaridade: é uma abordagem científica que visa à unidade do conhecimento. Desta forma, procura estimular uma nova compreensão da realidade articulando elementos que passam entre, além e através das disciplinas, numa busca de compreensão da complexidade.

Biblioteconomia: Ciência que estuda a organização, disseminação e uso da informação, seja ela em qualquer suporte, de modo a atender as necessidades dos usuários.

Arquitetura da Informação: Uma metadisciplina que objetiva a resolução de casos teóricos e práticos relacionados à organização e disseminação da informação em ambientes digitais, de modo que sempre vise às necessidades informacionais.

São áreas que se “unem em alguns aspectos teóricos e aplicáveis”, ou seja, encontramos algumas questões em ambas as áreas, visto que tratam a informação como seu objeto de estudo (no campo da biblioteconomia há quem discorde disso), elas objetivam atender às necessidades dos usuários… Isso é muito importante para os Arquitetos da Informação, por favor, EVITE AS IDIOSSINCRASIAS, organizem e disseminem pro outros (usuários) não pra vocês. A partir disso, acredita-se que ambas as áreas utilizam-se de teorias sobre aspectos cognitivos do sujeito, para objetivando obter informações sobre características e perfil dos usuários.

Conforme escritos de Reis (2007), Dillon e Turnbull, Rosenfeld e Morville (2009) a AI se utiliza de aspectos teóricos de classificação da Biblioteconomia. Em contraponto, compreende-se que a AI surge durante a revolução tecnológica e científica, sendo mais enfático na borbulha da tecnologia, já a Biblioteconomia muito antes…

De acordo com o pesquisador Jèsus Bustamente a fase de Pesquisa na metodologia de projetos de arquitetura de informação precisa buscar técnicas voltadas a conhecer o usuário e as necessidades, ou seja, precisa de técnicas que sigam os paradigmas da abordagem alternativa dos estudos de usuários e necessidades da Ciência da Informação [e da Biblioteconomia].

Façam seus comentários… Agradecemos.

Fontes:

BUSTAMANTE, J. A arquitetura de informação do século XX ao XXI. 2004. Disponível em: . Acesso em: 22 mar. 2010.

DILLON, Andrew; TURNBULL, Don. Information architecture. Disponível em: > Acesso em: 16 fev. 2011.

REIS, Guilhermo Almeida dos. Centrando a arquitetura de informação no usuário. 2007b. Dissertação (Mestrado em Ciência da Informação)–Escola de Comunicação e Artes, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2007. Disponível em: . Acesso em: 5 maio 2010.

ROSENFELD, L.; MORVILLE, P. Information Architecture for the Word Wide Web. 3. ed. Sebastopol, CA: O’Reilly, 2006. Disponível em: . Acesso em: 20 abr. 2009.

WIKIPÉDIA. Complexidade. Disponível em: . Acesso em: 17 fev. 2011.

WIKIPÉDIA. Transdisciplinaridade. Disponível em: . Acesso em: 17 fev. 2011.

Sugestões de Leituras:

AGNER, Luis. Ergodesign e arquitetura de informação: trabalhando com o usuário. 2. ed. Rio de Janeiro: Quartet, 2009.

MARINHO, Rafael; TONINI, Regina S. S. Arquitetura de Informação: desafios do profissional bibliotecário num emergente mercado. In.: ENCONTRO NACIONAL DE ENSINO E PESQUISA EM INFORMAÇÃO – CINFORM, 9,. 2009, Bahia. Anais… Bahia: UFBA, 2009. Disponível em: . Acesso em: 17 fev. 2011.

SILVA, Zayr C. G da. A arquitetura da informação de websites de bibliotecas universitárias: o caso da região nordeste. 2011. 95 f. Trabalho de Conclusão de Curso – Universidade Federal de Alagoas, Curso de Biblioteconomia, 2011.


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